quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O que é o amor se não a renúncia da vida em prol de outra vida.



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O que é o amor se não a renúncia da vida em prol de outra vida.

 Qual pai (ou mãe) não concederia sua a vida, morreria por seu filho, tal como Jesus o fez em relação à humanidade. Sim! Existe relações entre essas expressões do amor, ambas partem da renúncia à vida para que outros a tenham, e a tenham em mais abundância. Mas não é preciso morrer fisicamente para que a consciência desse sentimento floresça. Mesmo quanto não morremos literalmente, há uma dimensão de renuncia à vida, aquela dedicada ao cuidado e a formação de um ser. Uma renúncia que se faz cotidianamente, mesclada por preocupações e angústia mas também por fortes doses de alegria, sentimentos genuínos de amor e felicidade.
Trata-se da renúncia mais extraordinária que existe, um espetáculo da criação, uma poética da vida que aprende a amar, aprende que o amor tem uma conexão direta com a renúncia e o cuidado.

Há um ano atrás ela fazia sua primeira aparição física a este mundo. Física, pois espiritualmente já nos conhecíamos. Foi amor à primeira vista, potente, radical, subversivo. Impactado pela emoção o brilho nos meus olhos cedeu espaço para o choro imediato, Choro tímido, com lágrimas contadas, mas cada pequena gota carregava um mundo de alegria,felicidade. As lágrimas eram amor em movimento, representavam o desbloqueio de emoções acumuladas, a chave de um porta que alguém esperava ansiosamente para abrir. Nasceu, está ali, a vida e seus dilemas estavam se renovando. Era a própria recomposição do cosmos traduzido em vida humana. 

Um ano de vida, uma ano de experiência, um ano de aprendizado, de emoções, de percepção, É o próprio tatear da vida em emergência, movimentando-se precariamente em seu início, mas desde sempre evidenciando um movimento progressivo de afirmação de vida, de expressão vital e propositiva diante do meio circundante. 

E é assim que eu vejo o desenvolvimento desse “foguinho” que nos primeiro dias quase não iluminava, seu corpo apenas tremia, espasmos inarticulados era o que havia. 

Aos poucos os movimentos foram se desenhando, ganhando precisão, articulação. De repente segurou, fixou os olhos em objeto e pessoas, sentou, engatinhou, andou e formulou seu mundo semântico.

 Ao classificar o mundo dividiu-o, segunda sugere Manuela Marinho, em 3 esferas: Os seres animados ela expressa através do enunciado “gato”, o mundo dos objetos, dos seres inanimados é denominado de “arte” , por fim, qualquer coisa que se coma ou beba é “água”.

 Eis a simplicidade de um mundo alegre, inocente e rico de humanidade. Te amo filha!

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