terça-feira, 12 de junho de 2012

Liberdade e Responsabilidade

O homem e a liberdade,
O homem e as escolhas,
O homen e as consequências
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     O homem que exercita a liberdade, que faz escolhas. que se depara com as consequências e automaticamente deve assumir a responsabilidade existêncial e social desse movimento. Deve o homem fazer escolhas em detrimento de sua liberdade afim de ampliar as possibilidades de existência de outrem? Deve o homem sacrificar necessidades e desejos afim de evitar danos sentimentais?
      Creio que deve o homem, por vezes, sacrificar e restringir sua liberdade sem titubear, pois a longo prazo e numa perspectiva da liberdade da coletividade humana, os sacrifícios e restrições de liberdade individual se convertem automaticamente no alargamento das liberdades coletivas e consequentemente na satisfação de necessidades e desejos de um maior contingente de pessoas.
     Liberdade e responsabilidade nessa perspectiva se conectam tendo em vista a expansão das liberdades humanas e o que aparenta ser 'custo' ou privação individual não é senão o ponto de partida para garantia da coexistência das liberdades indiduais em sociedade.
     Quer dizer, aquilo que alguns acreditam ser o ideal da liberdade humana em sociedade tem efeito contrário e devastador para o conjunto da sociedade em termos das liberdades coletivas, posto que pregam uma liberdade incondicional e sem entraves, corroborando com uma ética individualista, anárquica e irresponsável em detrimento de uma moral social reguladora.
     Ora, uma moral social reguladora é precisamente o resultado da conjugação entre liberdade e responsabilidade que. vistas em perspectiva ampla, considerando o conjunto dos homens ( enquanto gênero humanmo ) significam a possibilidade de ampliação das liberdades individuais e coletivas sem privar ou anular as necessidades e desejos de niguem.
     Creio que as implicações decorrentes dessa perspetiva servem como referência fundamental para combater desigualdades e  garantir justiça social tão somente através da responsabilidade moral por sua liberdade.

     Que cada um usufrua e exercite sua liberdade, sempre lembrando que sua liberdade coexiste com outras liberdades. E o fato dela coextir com outras liberdades implica no respeito e aceitação das mesmas, de modo que suas escolhas e ações se orientaram no sentido de limitar sua liberdade para não corrompoer ou anular as demais. Em suma, existir é responsabilizar-se pelo destino dos homens, do contrário, continuaremos a sofrer as consequências sistêmicas negativas, resultantes da convergência da fruição de liberdades individuais. Quer queira, quer não, as crises, desigualdades e contradições existenteas nas sociedades humanas se constitutem a partir do efeito agregado das ações, estratégias e projetos individuais.